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A tecnologia como ponte entre as culturas indígenas e a indústria da moda




No dia 3 de maio, Hecho x Nosotros e Animaná B Corp apresentaram um evento sobre o papel da tecnologia como meio de conexão entre as culturas indígenas e as indústrias têxteis, de decoração e da moda.


Pessoas de todo o mundo se reuniram para honrar o trabalho dos povos indígenas na indústria da moda. Tricia Langman, juntamente com Adriana Marina, fundadora da Hecho x Nosotros e Animaná, abriu o debate sobre o modo em que a tecnologia funciona e funcionará como ponte entre as culturas indígenas e as indústrias têxteis, de decoração e da moda. Devido ao surgimento da pandemia do COVID-19 e aos seus impactos cada vez mais profundos nessas comunidades, a tecnologia se tornou uma excelente solução para a conexão entre estas indústrias e as culturas indígenas. Algo tão simples como um QR code ou a integração de tecnologia em seus negócios ajudará a conservar a identidade cultural.


O Dr. Kanyinke Sena destacou a importância da proteção do patrimônio cultural, o reconhecimento dos direitos à terra na África e o efeito sobre a criatividade dessas comunidades. Ele explicou que “nós temos a responsabilidade de usar o patrimônio para promover o bem-estar” a começar pelos diversos desafios relacionados ao COVID-19. Isso nos faz questionar: A tecnologia impediria a preservação das culturas indígenas ou, ao contrário, a promoveria? O antropólogo cultural Giacomo Tabacco sugeriu que as comunidades indígenas nem sequer são reconhecidas como tais, o que as faz ainda mais vulneráveis. Nas comunidades indígenas da Indonésia, a tecnologia desempenha agora um papel chave (ainda que ambivalente) nos micro e macro empreendimentos. Portanto, a tecnologia pode servir como ponte entre as comunidades, os recursos e as indústrias.


Além disso, a tecnologia pode proporcionar sustentabilidade para as indústrias locais. O mercado e os povos indígenas têm que aproveitar as novas tecnologias oferecidas. Todos somos consumidores; todos temos uma peça de roupa; todos somos parte dessa indústria. O sistema de cadeia de blocos (blockchain, em inglês) oferece a oportunidade de passar da produção vintage, tradicional, e inclusive artesanal à produção comercial. Por ser um algoritmo, o sistema de blockchain protege as comunidades locais.


A legitimação é fundamental para dar voz aos indígenas e expor seu trabalho na indústria da moda. Os povos indígenas precisam de respeito e compreensão, e na HxN e Animaná se trabalha de forma conjunta em prol do desenvolvimento local, a inclusão e o êxito do artesanato tradicional.



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